No acumulado do ano, a gasolina da Petrobras (refinarias) subiu cerca de 50%, enquanto o diesel avançou mais de 38%. Nas refinarias, de janeiro a agosto, a gasolina teve 13 alterações nos preços, sendo nove para mais. Já o diesel foi reajustado 10 vezes, sendo sete aumentos neste ano.
Conforme dados coletados de forma semanal pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o valor médio da gasolina comum em Mato Grosso, por exemplo, fechou a semana ada em R$ 5,901. O menor encontrado pela ANP nos postos monitorados foi de R$ 5,63, em Várzea Grande, e o máximo, R$ 6,53 em Alta Floresta. Fazem parte da pesquisa de campo da Agência as revendas localizadas em Alta Floresta, Cáceres, Cuiabá, Rondonópolis, Sinop, Sorriso e Várzea Grande.
Nelson Soares, diretor-executivo do Sindipetróleo (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis de Mato Grosso), explica que o ree dos reajustes da Petrobras aos consumidores finais nos postos não é garantido nem mesmo imediato, pois esses dependem de uma série de questões, como impostos e margens de distribuição e revenda.
Segundo ele, também é preciso considerar a mistura de biocombustíveis. Quando comercializados nos postos, a gasolina contém 27% de etanol anidro e o diesel recebe 10% de biodiesel (em setembro será 12%).
Na gasolina, por exemplo, até este produto chegar ao consumidor acrescentam-se tributos federais e estaduais (em torno de 39%), custos para aquisição e mistura obrigatória de etanol anidro (15,7%), além dos custos e margens das companhias distribuidoras e dos revendedores (12,2%).