quinta-feira, 22 maio, 2025
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Mercado de Trabalho: Mato Grosso é o terceiro estado com menor desemprego do Brasil

Mato Grosso consolida a robustez de sua economia ao registrar uma taxa de desocupação de apenas 3,5%, figurando como o terceiro estado com o menor índice de desemprego em todo o país. Os dados mais recentes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e analisados pelo Observatório de Mato Grosso do Sistema Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), revelam um mercado de trabalho aquecido no primeiro trimestre de 2025. As menores taxas foram registradas em Santa Catarina (3%) e Rondônia (3,1%).

Este desempenho coloca Mato Grosso em uma posição de destaque no cenário nacional, evidenciando a força de setores como o agronegócio, a indústria e os serviços. Somente a indústria contribuiu para a geração de empregos, com 1,89 milhão de empregados, frente a um baixo índice de desocupação, totalizado em 68 mil pessoas fora do mercado de trabalho.

O presidente do Sistema Fiemt, Silvio Rangel, embora celebre o índice, alerta para um desafio crucial à sustentabilidade desse cenário promissor: “A busca por força de trabalho qualificada, visando a continuidade dessa economia aquecida, é um desafio para todos os setores produtivos do estado”.

Sudoeste e Norte do Estado lideram taxa de desocupação

A taxa de desocupação por regiões do estado, conforme aponta a análise, mostra distintas dinâmicas de mercado. O Sudoeste de Mato Grosso ostenta a menor taxa, com apenas 1,8%, um indicador da solidez de sua economia.

“Investir na qualificação profissional é crucial para o desenvolvimento da região. Se capacitarmos nossa população, teremos profissionais aptos a atender às demandas de um mercado em constante evolução. Um exemplo simples é o assentamento de porcelanato, uma habilidade que nem todos dominam na prática, mesmo com conhecimento teórico. Essa dificuldade se intensifica com as novas tecnologias e materiais da construção civil”, observa o empresário e vice-presidente do Sindicato das Indústrias da Construção do Estado de Mato Grosso (Sinduscon-MT), José Providência.

Na sequência, a região Norte também se sobressai com uma taxa de desocupação de 2,1%. Em um patamar intermediário, o Leste mato-grossense registra 3,9%, sinalizando desafios específicos para a região.

A capital, Cuiabá, apresenta uma taxa de desocupação de 4,2%. Apesar de ligeiramente acima da média estadual, o índice ainda é considerado relativamente baixo, refletindo a diversidade de setores presentes na região, como comércio, serviços e istração pública.

Em contrapartida, o Entorno Metropolitano de Cuiabá expõe um cenário mais complexo, com uma taxa de desocupação de 7,4%. A situação mais delicada é observada no Colar Metropolitano, onde a taxa atinge 8,5%.

Desafios de gênero, escolaridade e faixa etária no mercado de trabalho

A análise da Pnad Contínua também aponta as disparidades no mercado de trabalho mato-grossense. A taxa de desocupação entre as mulheres (5,3%) é mais que o dobro da registrada entre os homens (2,2%). No que concerne ao nível de instrução, a maior taxa de desemprego concentra-se entre aqueles com nenhuma instrução ou menos de um ano de estudo (6,0%), seguidos por indivíduos com ensino superior incompleto (4,7%) e ensino médio incompleto (4,6%).

A faixa etária de 14 a 17 anos apresenta a taxa de desocupação mais expressiva, atingindo 16,6%, evidenciando a dificuldade de inserção dos jovens no mercado de trabalho. Em relação à etnia, a população parda (3,9%) registra o maior índice de desemprego, superando os percentuais observados entre pretos (3,3%) e brancos (2,9%).

Informalidade recua na indústria de Mato Grosso

No primeiro trimestre de 2025, Mato Grosso contabilizou uma leve redução no número de trabalhadores na informalidade, ando de 674 mil para 668 mil, resultando em uma taxa de 35,2%. Apesar da queda, o estado recuou para a oitava posição entre as unidades federativas com menor percentual de informalidade.

A taxa de informalidade manteve-se relativamente estável entre os sexos, com 33,6% para as mulheres e um leve aumento para os homens, atingindo 36,4%. A análise por nível de instrução reforça a concentração da informalidade entre os trabalhadores com menor escolaridade.

Menor percentual de pessoas fora da força de trabalho

Mato Grosso tem o menor percentual de pessoas fora da força de trabalho no país, representando 30,54% da população em idade de trabalhar. O principal motivo alegado para essa inatividade é o envolvimento com afazeres domésticos, com uma predominância feminina expressiva nessa justificativa.

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