Foi realizada na manhã de hoje na sede do IPREAF (Instituto de Previdência de Alta Floresta), uma reunião envolvendo uma comissão formada por empresários e também por integrantes do comitê de enfrentamento ao coronavírus no município, entre eles o secretário de saúde, Marcelo de Alécio.
Na ocasião os empresários expam a preocupação com relação ao impacto econômico que poderá ser sentido pelo setor devido as medidas adotadas em decretos municipais, entre elas, o fechamento por 15 dias do comércio, mantendo apenas serviços essenciais, mas com restrições.
O empresário Abdo Assaf, proprietário de uma revenda de veículos destacou em entrevista que a classe é solidária a algumas medidas, entre elas as que evitem aglomeração de pessoas, bailes, festas, que aulas continuem suspensas pelo período estabelecido e ainda que ocorra a quarentena verticalizada, que engloba grupos de risco.
“Já que mercados estão funcionando, que deixe todo mundo trabalhar, uma loja de roupas que reduza os funcionários, que reduza o horário de trabalho para não ter aglomeração, não trabalhar sábado e domingo, essas medidas que a gente está pedindo seriam provisórias também”, disse.
Os empresários defendem que as medidas de higiene para enfrentamento sejam mantidas.
“Tem comércio que paga aluguel aqui no centro que vai chegar no final do mês ele não tem dinheiro para pagar os funcionários, não tem dinheiro para pagar o aluguel, não tem como pagar escola de criança, nem comida, nem nada. Não adianta o mercado estar aberto e não se ter dinheiro para comer” pontuou.
A comissão de empresários relatou que espera que a exemplo do que vem ocorrendo em outros municípios do estado, que cederam em seu decreto, Alta Floresta tenha a mesma consciência.
Conforme o empresário Jaime Junior, de uma empresa voltada ao setor de pneus, peças e serviços mecânicos, a intenção é flexibilizar os decretos para garantir que a economia do município não pare.
“Eles nos receberam muito bem, surgiram propostas que serão analisadas pelo comitê e até ao final do dia, devem ter alguma novidade para nós”, disse.
Além da reunião com empresários, houve uma segunda reunião na CDL, onde conforme o secretário de saúde de Alta Floresta, Marcelo de Alécio, foram acolhidas as reivindicações e no periodo vespertino o comitê deve se reunir para definir as diretrizes.
"Ficou acordado que até ao final do expediente a gente deve estar informando como será feito a partir de amanhã ou do próximo decreto, se for editado", relatou.
Diante do decreto publicado hoje, quinta-feira (25), pelo Governo de Mato Grosso, que listou de forma objetiva sobre setores que poderão funcionar, o prefeito de Alta Floresta também se manifestou.
Conforme Asiel Bezerra, devido a pandemia, medidas tiveram que ser adotadas, primeiro para proteger a vida da população, mas que há também a necessidade de garantir o sustento e evitar o colapso financeiro.
“O Governo do Estado adotou algumas medidas e esse decreto foi publicado agora pela manhã e como o nosso primeiro decreto nós tínhamos acompanhado o decreto estadual, também nesse decreto que ele publicou (hoje), o município de Alta Floresta estará acompanhando o governador Mauro Mendes”, disse.